quarta-feira, 17 de maio de 2017

Portugal nas Taças da Europa de Marcha (Metz – 2009)

Portugueses em ação na prova de 50 km em Metz.
Fotomontagem: O Marchador
A cidade francesa de Metz recebeu a oitava edição da Taça da Europa de Marcha, num ambiente festivo e onde, desta vez, a seleção feminina dos 20 km marcha não foi feliz pois das suas quatro participantes, apenas Ana Cabecinha sobreviveu à “hecatombe” que se abateu sobre a equipa, com duas atletas desclassificadas (Vera Santos e Inês Henriques) e uma (Susana Feitor) a desistir.

Mas, quase, quase…na medalha esteve a seleção masculina dos 50 km marcha, com Augusto Cardoso (a fazer o seu melhor resultado de sempre), Jorge Costa e Dionísio Ventura a catapultarem a seleção portuguesa para a quarta posição, empatada no terceiro posto com a Itália, que obteve a medalha de bronze por ser seu o melhor classificado na prova, critério diferente se tivesse sido numa Taça do Mundo….

De registar que a Lituânia conseguiu a sua única medalha feminina em grandes eventos internacionais, com Kristina Saltanovic (residente há vários anos em Portugal) a conquistar a medalha de bronze na prova dos 20 km marcha.

A Federação Internacional de Atletismo organizou, nessa ocasião, um seminário para juízes internacionais de marcha, envolvendo todos os elementos do painel, e onde foram amplamente discutidas, durante dois dias, todas as incidências do ajuizamento, apresentando-se propostas com vista a uma melhor uniformização de critérios. Os próprios juízes atuaram “por fora” nas competições realizadas, um trabalho que se concluiu ter sido muito proveitoso para o estudo da eficiência no plano do cumprimento das normas regulamentares.

Luís Dias que, durante vários anos, integrou a Comissão de Marcha da Associação Europeia de Atletismo, esteve no evento e integrou, novamente, o Júri de Apelo da competição, em parceria com Pierce O’Callaghan (Irlanda) e Dolores Rojas (Espanha).

Pedro Martins, o nosso homem dos 50 km, olímpico, multicampeão nacional, comenta esta participação portuguesa:

“Num dia em que as temperaturas altas se fizeram sentir, viria a revelar-se em mais uma grande participação da equipa masculina de 50 km. Não fosse o critério de desempate, invertido em relação a outras competições da modalidade (desempate feito a favor da equipa que tenha a melhor classificação individual) teríamos sido terceiros classificados.

Com um percurso rápido, o impedimento da realização de grandes marcas individuais foi mesmo devido às altas temperaturas que se fizeram sentir durante as provas.

A título de exemplo o Francês "Diniz" parte para uma prova em contra relógio a fim de estabelecer uma grande marca e classificação, claudicando pouco depois do equador da prova, sendo então alcançado por vários adversários...”