quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Histórica presença da marcha atlética brasileira nos Jogos do Rio

De joelhos, Caio Bonfim comemora o 4.º lugar nos 20 km da marcha.
Foto: Ryan Pierse/Getty Images
Caio Bonfim e Érica Sena atingiram posições de grande relevo nas provas de marcha atlética dos Jogos Olímpicos, que recentemente tiveram lugar no Rio de Janeiro, no seguimento, aliás, de sinais muito positivos manifestados pelos campeões brasileiros na última grande competição da especialidade, os campeonatos mundiais de seleções, que tiveram lugar este ano em Roma.

É certo que da parte dos referidos marchadores haveria, no seu íntimo, alguma esperança na obtenção de uma medalha olímpica mas há que reconhecer que em mais de 100 anos de história da especialidade em Jogos Olímpicos, nunca os atletas do país irmão haviam chegado tão longe.

Caio Bonfim, de 25 anos, treinado pelos seus pais, João Sena Bonfim e Gianetti de Oliveira Bonfim, participou nos 20 e 50 km marcha e teve, em ambas as competições, um grande desempenho, obtendo novos recordes nacionais. Nos 20 km, foi 4.º classificado, a apenas 5 segundos da medalha de bronze, conquistada pelo australiano Dane-Bird Smith. Nos 50 km, foi 9.º classificado melhorando em 14 minutos a sua melhor prestação na distância.

Érica Sena, de 31 anos, ao ser a 7.ª classificada na prova dos 20 km femininos, obteve a melhor prestação de uma atleta brasileira na especialidade, em Jogos Olímpicos. Até aos 16 quilómetros de prova, seguia ainda no grupo da dianteira. Mas não se mostrou totalmente satisfeita com o resultado (ambicionava o pódio) justificando-o, em parte, com o seu estado emocional, pois assistira à desclassificação do seu treinador e marido, o equatoriano Andrés Chocho, nas provas dos 20 e 50 km.

Dos outros brasileiros nas provas de marcha, nos 20 km, Cisiane Dutra Lopes, classificou-se na 49.ª posição, enquanto, nos 20 km masculinos, Moacir Zimmermann foi 63.º e José Bagio desistiu. Nos 50 km, Jonathan Riekmann foi 29.º classificado e Mario José dos Santos desistiu.