sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Kristina Saltanovic em dia festivo

Kristina Saltanovic agora e em 1986.
Fotos: arquivo da própria e «O Marchador».
Uma das marchadoras com maior longevidade no mais alto nível competitivo internacional, Kristina Saltanovic completa hoje 40 anos, idade a que corresponde uma extensa carreira desportiva com importantes pontos altos.

Nascida em Vílnius, a capital da Lituânia, cedo, em 1986, começou a dedicar-se à marcha, tomando parte em provas escolares, que lhe proporcionaram os primeiros contactos desportivos internacionais. Com o desenvolvimento das capacidades reveladas nessa fase, viria a obter os mínimos de participação nos mundiais de Sevilha de 1999, onde alcançou o 18.º lugar, uma classificação que foi melhorando nas presenças seguintes: 14.º lugar em Paris-2003, 12.º lugar em Helsínquia-2005, 7.º lugar em Berlim-2009 e também 7.º lugar em Daegu-2011. Nos campeonatos europeus alcançou mais dois sétimos lugares, em Munique-2002 e Barcelona-2010.

Em 2009 registou na Taça da Europa de Marcha realizada em Metz (França) a melhor classificação em grandes competições internacionais, ao terminar os 20 km femininos no terceiro lugar, a que correspondeu a primeira e até hoje única medalha obtida pela Lituânia em grandes eventos de marcha atlética desde que, em 1990, o país se tornou independente e deixou de fazer parte da União Soviética.

No entanto, datava já de 3 de Agosto de 2000 o primeiro grande momento de notoriedade, que adveio da obtenção do recorde mundial de pista dos 20.000 m marcha, feito conseguido na cidade lituana de Kaunas, com a marca 1.35.23,7 h.

De lá para cá, Kristina Saltanovic registou ainda quatro presenças nos Jogos Olímpicos (de Sydney-2000 a Londres-2012), três em campeonatos europeus de atletismo (de Munique-2002 a Barcelona-2010), nove em taças da Europa de marcha (de Corunha-1996 a Dudince-2013) e dez em taças do mundo de marcha (de Pequim-1995 a Taicang-2014).

Apesar de já não deter o recorde lituano da distância olímpica dos 20 km marcha, Kristina Saltanovic permanece como a grande figura da história da marcha feminina da Lituânia, país cuja nacionalidade manteve sempre, mesmo depois de, em 2004, ter passado a residir em Portugal.