sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Momentos históricos da marcha atlética em Portugal

Um aspecto da sala na festa de 1984. Foto: arquivo «O Marchador»
O ano de 1984 e, particularmente o mês de dezembro, foi muito marcante para a marcha atlética portuguesa. Naquele mês e ano, o Congresso da Federação Portuguesa de Atletismo aprovou importantes medidas no sentido de desenvolver a especialidade e, com particular realce, introduzindo-a nos Campeonatos de Clubes, com efeitos a partir de 1986.

Outra das importantes medidas aprovadas naquele Congresso pelas Associações de Atletismo, por proposta federativa, foi a realização, a partir do ano de 1985, de Campeonatos Regionais e Nacionais de Marcha em estrada, com especial incidência na introdução da prova dos 50 km marcha masculinos, a única que, até então, estava em branco quanto à atribuição do título de Portugal, relativamente ao conjunto de provas que integram o programa olímpico do atletismo.

A 1 de dezembro de 1984, o Clube Português de Marcha Atlética, fundado dois anos antes, organizava a IV Festa Anual da Marcha, na sede do Centro e Cultura e Desporto de Olivais Sul, onde hoje funciona a Biblioteca Municipal dos Olivais, junto à Quinta Pedagógica.

Foi em ambiente de confiança e de confraternização que os apaixonados pela marcha atlética se associaram á festa, que foi antecedida de uma exposição de fotografias e passagem de slides e filmes alusivos aos primeiros tempos da especialidade. A destacar a presença no evento de um representante governamental e de membros de órgãos associativos e federativos. 

Seguiu-se um colóquio no qual se passou em revista as dificuldades da marcha mas realçando-se a importância que as medidas tomadas no Congresso da FPA, realizado poucas horas antes, poderiam revestir-se para o futuro. 

Não faltou ainda, na referida festa, o momento protocolar, com a tomada de posse dos novos dirigentes do CPMA, continuando a presidir aos destinos do clube, Aires Denis (assembleia geral), Luís Dias (direcção) e Joaquim Machado (conselho fiscal). Havia, então, a presença de vários atletas nos órgãos sociais: Paulo Alves, José Dias, Henrique Mendes, Jorge Esteves, Evelina Fernando, Ana Batuca, João Gomes e José Gonçalves, enquadrados pelos “históricos”, Mário Pinto (pai do olímpico José Pinto), e Carlos Meneses.

Outro dos momentos altos da festa, este com um significado muito especial, foi o da atribuição de prémios a atletas, dirigentes e clubes que mais se destacaram naquele ano, confirmando-se a tendêndia de crescimento e descentralização da marcha por outras regiões do país. Ao Clube Atlântico da Madalena, coletividade da região do Porto, foi atribuído o título de “Clube do Ano”, numa homenagem, também, aos dirigentes nortenhos, Fernando Ribeiro, José Luís Ribeiro, e António Teixeira.