sábado, 10 de agosto de 2013

Yelena Lashmanova, líder de uma poderosa Rússia nos Mundiais

Atletas treinando-se em Saransk, Rússia, reconhecendo-se,
da dt.ª para a esq.ª, Kaniskina, Lashmanova e Sokolova.
Foto: Oksana Yushko/The New York Times.
Montagem: O Marchador
É expectável o domínio russo nas provas de marcha dos Campeonatos Mundiais de Atletismo, principalmente no fortíssimo setor feminino (20 km), com triunfos em 10 das 12 edições já realizadas, alinhando à partida a campeã olímpica Yelena Lashmanova (1.25.02), principal favorita à vitória, Anisya Kornikova-Kirdyapkina (1.25.09) e Vera Sokolova (1.25.08). Surpreendente a notícia da ausência de Olga Kaniskina, tripla campeã mundial.  

Nos 20 km masculinos os russos apresentam-se com uma renovada seleção, constituída por Denis Strelkov (1.19.53), Aleksandr Ivanov (1.21.22) e Andrey Razavin (1.17.45). Notam-se, aqui, as ausências de Vladimir Kanaykin, vice-campeão mundial em Daegu e, principalmente, de Valeriy Borchin, campeão olímpico em 2008 e campeão mundial em 2009 e 2011.

Para os 50 km, com a ausência do campeão de Daegu, Sergey Bakulin, o selecionado russo aposta em Yuri Andronov (3.40.46) e em Ivan Noskov (3.45.31). Sergey Kirdyapkin (3.35.59), campeão mundial em 2009, e campeão olímpico em Londres, é baixa de última hora.

Todos, ou quase todos eles, são provenientes de Saransk, onde a marcha atlética é o desporto numero 1, uma cidade que conta com apenas 310 mil habitantes, situada a 600 km a sudeste de Moscovo, mas que “produz”, frequentemente, campeões europeus, mundiais e olímpicos.

Em 1996 o governo da Mordóvia inaugurou em Saransk, um Centro de Preparação Olímpica, só para marchadores, formando, ainda, uma escola própria, dirigida por Vickor Chegin, e cujo orçamento anual se situa nos 3 milhões e meio de euros, aproximadamente. 

As instalações desse centro de alto rendimento, com ginásio, piscina, sauna, equipamentos de fisioterapia e de apoio médico, bem como de um refeitório, estão equipadas com 50 camas, mas já está em andamento o alargamento da estrutura para as 100 unidades. 

Regularmente, os atletas de elite iniciam o treino na cidade, e dirigem-se ao parque, no que são seguidos por várias dezenas de jovens atletas. Treinadores ou os chamados “olheiros”, estão espalhados por 20 locais da região, e  através de testes realizados em todas as escolas da região, os alunos que revelem mais aptidão para a especialidade são selecionados, sendo então preparados tecnicamente para seguirem as pisadas dos seus ídolos.