sábado, 17 de agosto de 2013

Boa consistência dos Juízes de Marcha em Moscovo

O «staff» do ajuízamento da marcha em Moscovo.
Foto cedida por Pierce O'Callaghan.
Os 8 experientes juízes de marcha que fiscalizaram a ação regulamentar dos 185 participantes nas três provas de marcha dos Campeonatos Mundiais de Atletismo produziram, a nosso ver, um bom trabalho técnico.

Coordenados por um juiz-chefe, que não exerceu a possibilidade de desclassificar diretamente qualquer atleta nos últimos 100 metros de prova, que ainda foi coadjuvado por dois assistentes na tarefa de desclassificar atletas, os juízes de marcha emitiram propostas de desclassificação para 122 atletas, 80 por suspensão (65,6%) e 42 por flexão (34,4%).

Foram desclassificados 17 atletas, o que corresponde a 9,2% do total de participantes, 8 deles na prova dos 50 km. Daegu, em 2011, com 139 atletas, registara uma elevada percentagem de desclassificações: 15,8% (22 atletas).

18 atletas (9,7%) estiveram à beira da desclassificação, metade deles nos 20 km masculinos, enquanto 30 registaram apenas uma falta, o que corresponde a 16,2% do total.

Um dos elementos importantes na apreciação do bom nível de consistência dos juízes relaciona-se com o facto de 120 atletas, 64,9% do total de participantes nas três provas do programa, não terem registado qualquer falta, o que igualmente abona quanto ao nível técnico das competições.

Outra das curiosidades estatísticas sobre o trabalho realizado pelos juízes do painel internacional, que têm, sempre, na sua posse, duas raquetas, uma com o símbolo da suspensão e outra com o da flexão, refere-se ao número de vezes que foram exibidas: 345 vezes, 247 por suspensão e 149 por flexão. 

A amostragem das raquetas pode constituir, para um atleta, um importante elemento de avaliação do seu momento técnico e, consequentemente, preventivo no evitar do cometimento da falta ou significando que, em nova observação, o juiz poderá não lhe conceder nova oportunidade.

Por vezes os comentadores televisivos transmitem aos espetadores a ideia (errada) de que a mostragem da raqueta amarela equivale a uma falta quando esta, escrita pelo juiz num cartão vermelho é enviada para o secretariado, tomando o atleta dela conhecimento apenas no Quadro de Faltas. 

Na foto, gentilmente cedida por Pierce O’Callaghan, contam-se, da esquerda para a direita, Shande Yang, Daniel Michaud, Cándido Velez, Frédéric Bianchi, Jordi Estruch, Steve Taylor, Maris Peterson, Maurizio Damilano, Pierce O’Callaghan, Khoo Chong Beng, Jean-Pierre Dahm, e Peter Marlow.