sábado, 5 de março de 2011

A história de Jefferson Pérez contada às crianças

Foto: Compañía Anónima El Universo
As cidades espanholas de Madrid e Múrcia são este fim-de-semana palco para a apresentação do livro «Nardo y los zapatitos de oro», obra que conta a vida do marchador equatoriano Jefferson Pérez. O livro, da autoria de Sandra López, uma jornalista equatoriana actualmente a viver na Alemanha, foi originalmente editado no final de 2009, tendo sido objecto de tradução para inglês e quéchua no final do ano passado.

«Nardo y los zapatitos de oro» baseia-se na infância do campeão bolivariano, sul-americano, pan-americano, mundial e olímpico Jefferson Pérez. Escrito sob a forma de «relato de infância com o propósito de inspirar crianças, jovens e adultos», conta a história duma criança que trabalha no mercado, vende jornais e rosas e que estudou, continuou a estudar, até conseguir que o hino do seu país fosse ouvido no mundo inteiro. Uma história de trabalho infantil que não fica muito longe da realidade actual do Equador e de tantos outros países, como indicam as estatísticas da Organização Internacional do Trabalho e da Unicef. Jefferson Pérez é o símbolo de todos aqueles que não se detêm perante as dificuldades e tratam de estabelecer objectivos e de se concentrar neles.

O projecto desta obra, já com 30 mil exemplares saídos da tipografia, tem ainda uma componente social, já que as receitas da venda do livro servem para ajudar a financiar a Fundação Jefferson Pérez, que trabalha com cerca de 900 crianças e jovens, vítimas de exploração de trabalho infantil.

Jefferson Pérez combina actualmente a actividade profissional com a frequência do mestrado em Gestão do Desporto numa universidade espanhola. «Prefiro ter melhores cidadãos a ter muitos campeões olímpicos», afirma com toda a simplicidade que o caracteriza.

A autora do livro, Sandra López, desempenhou durante vários anos as funções de directora de comunicação e relações públicas no Comité Olímpico do Ecuador e garante admirar e respeitar Jefferson «não só pelo atleta destacado que é mas também como ser humano e como amigo».